Corpo de Arnaldo Jabor é velado no Rio em cerimônia aberta ao público
Depois de um velório reservado para familiares e amigos, em São Paulo, o corpo do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor está sendo velado, nesta quarta-feira, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. A cerimônia, aberta ao público, que deve seguir os protocolos sanitários e usar máscara, acontece até às 16h, quando, então o corpo segue para cremação, no Memorial do cemitério do Caju.
Jabor morreu na terça-feira, 15 de fevereiro, aos 81 anos, por complicações de um acidente vascular cerebral, que teve em dezembro do ano passado.
O último filme dele chega aos cinemas no segundo semestre. “Meu Último Desejo” é um drama sobre o trauma histórico e psicológico que o país está passando.
O personagem principal, vivido pelo ator, apresentador e também diretor teatral, Michel Melamed decide delatar antigos colegas políticos corruptos. A história é baseada no conto “O Livro dos Panegíricos”, de Rubem Fonseca, e Michel fala um pouco sobre a parceria com Jabor, que resultou no filme.
No cinema, foram mais de 10 filmes entre longas e curtas-metragens. Em 1972 ele lançou um dos seus filmes de maior sucesso: “Toda nudez será castigada”, baseado na obra de Nelson Rodrigues, foi censurado no Brasil, pela Ditadura Militar, mas, ao mesmo tempo, premiado com o Urso de Prata no festival de Cinema de Berlim.
Jabor também escreveu oito livros, sendo alguns sucessos de venda como “Amor é prosa, Sexo é poesia”.
Arnaldo Jabor nasceu no Rio de Janeiro, no dia 12 de dezembro de 1940. Ao longo de 50 anos de carreira, fez cinema, jornal, TV e rádio.
Edição: Paula de Castro/Edgard Matsuki