MP-AP acompanha a palestra “Evolução da navegação marítima e os impactos para o Amapá”

Nesta terça-feira (22), o promotor de Justiça André Barreto, titular da 1ª Promotoria de Justiça Cível e de Fazenda Pública, coordenador das PJs Cíveis, representou a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ivana Cei, na prostra sobre a “Evolução da navegação marítima e os impactos para o Amapá”, promovido pela Marinha do Brasil, por meio do Comando do 4o Distrito Naval.

O evento ocorreu no auditório da Capitania dos Portos do Amapá, em Santana, e mobilizou representantes de todos os Poderes, especialmente agentes públicos ligados à área de segurança pública, gestores e integrantes da sociedade civil organizada. Durante a palestra, proferida pelo vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, foram abordados aspectos históricos e marcos para a navegação em todo o mundo, até a descoberta do Brasil.

O Almirante Edgar relembrou graves acidentes, desde os mais famosos, caso do Titanic, até os mais recentes, que causaram danos ambientais e perdas de vida, a exemplo do naufrágio ocorrido em 2012, na Itália, por erro do comandante, que não seguiu devidamente a carta náutica. Ao citar os acidentes, o palestrante também reforçou que os avanços tecnológicos tornaram a navegação cada vez mais segura.

Na linha do tempo, existe o marco de 1808, com a corte portuguesa chegando no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, havendo a abertura do primeiro porto. Sobre o Amapá, o almirante recordou que foi em 1637, sob o nome de capitania da Costa do Cabo Norte, que o território foi cedido ao bispo português Bento Manuel Parente. Em maio de 1952 iniciaram as primeiras campanhas hidrográficas do Estado e, a partir de 1954, a navegação já estava contribuindo para o escoamento do manganês via Barra Norte – Rio Amazonas”.

Outro aspecto interessante abordado pelo Almirante diz respeito ao papel dos oceanos na produção de oxigênio para o planeta. “Costumamos dizer que a Amazônia é o pulmão do mundo, mas, na verdade, são os oceanos. Você sabia que, de todo o oxigênio da terra, 55% é produzido por algas marinhas. Para uma área de 1km2, a quantidade de oxigênio produzida por algas será dez vezes superior àquela produzida pelas florestas”, explicou.

Ao final da apresentação, o engenheiro Glauco Cei, presidente da Sociedade Amigos da Marinha do Amapá (SOAMAR-AP), fez os agradecimentos em nome dos convidados e entregou o certificado aos palestrantes. “Aos que ainda possuem dúvidas sobre a importância das Forças Armadas para a economia local, aqui tivemos vários exemplos. Agradeço imensamente a sua vida ao Amapá para nos ajudar a enfrentar esse dilema de ver passar mais de 1600 navios na frente da nossa cidade, sem que aproveitemos toda essa possibilidade de geração de emprego e renda.

Para o promotor André Barreto, a palestra foi uma ótima oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre a navegação no Brasil e ampliar a noção do enorme potencial portuário que existe no Amapá. “Torcemos para que, um dia, a nossa posição geográfica estratégica seja melhor utilizada como rota para grandes embarcações, mas, para isso, é preciso investimentos imediatos em uma retroárea portuária, capaz de atender as demandas naturais do processo de desenvolvimento, para que em 15 anos isso seja realidade”.

Texto: Ana Girlene.

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