Anistia Internacional pede investigação de massacre na Etiópia

Mais de 400 pessoas de etnia Amhara foram mortas em 18 de junho

RTP – Rádio e Televisão de Portugal
A Anistia Internacional cobrou de autoridades da Etiópia uma “investigação imparcial” sobre o “assassinato sumário” de mais de 400 pessoas de etnia Amhara na região de Oromia, no dia 18 de junho.

“As autoridades etíopes não devem poupar esforços para garantir que os autores desses assassinatos sejam levados à Justiça”, disse o diretor da organização não-governamental (ONG) para a África Meridional, Deprose Muchena, em comunicado.

Segundo Muchena, as mortes revelam “um total desprezo dos perpetradores pelas vidas humanas”.

Testemunhas entrevistadas pela Anistia Internacional, assim como o governo etíope, atribuíram o massacre aos membros do Exército de Libertação de Oromo (OLA), que negam os atos.

O ataque ocorreu na manhã do dia 18 de junho nas aldeias de Tole e Kebele, sendo que a maior parte dos homens já havia deixado suas casas para ir trabalhar nos campos de cultivo, conforme indicaram familiares das vítimas. A maior parte dos mortos eram mulheres e crianças.

“Mataram 42 pessoas num único local onde só se encontrava um homem adulto. O resto eram mulheres e crianças. Encontramos os corpos empilhados. Entre os mortos, estavam recém-nascidos”, disse Hussein (nome fictício por questões de segurança), em depoimento à ONG.

O homem, de 64 anos, identificou um total de 22 familiares mortos, incluindo filhos e netos. Além das mortes, os agressores também queimaram casas e roubaram gado, dinheiro e cereais.

Ainda de acordo com o relatório da Anistia Internacional, forças de segurança governamentais só chegaram ao local cinco horas após o massacre, apesar de residentes terem informado de imediatos funcionários que estavam na região.

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