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Culturas dos povos originários são destaques na SEMEIA- a Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã

Programação totalmente gratuita convida o público a refletir sobre cultura e meio ambiente a partir da perspectiva de povos originários

Rio de Janeiro, 4 de junho. Entre os dias 5 e 9 de junho, o Museu do Amanhã (RJ) realiza a SEMEIA – Semana do Meio Ambiente 2024, um evento multicultural que oferece ao público a oportunidade de participar de atividades conduzidas por artistas e personalidades indígenas e negras. O destaque dessa edição é a presença do Cacique Raoni Metuktire e de seus netos, Roiti Metuktire e Beptuk Metuktire, do povo originário Kaiapó. Todas as atividades são gratuitas e podem exigir retirada de ingressos via Sympla (veja aqui) .
 

No dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, às 11h, a artista Inaê Moreira, que desenvolve um trabalho a partir dos saberes dos povos Yorubás e Bantu, ministrará a oficina corporal “Dançar a Floresta”. Nessa prática, Inaê utiliza a dança como movimento para explorar afrografias ancestrais, com foco na busca pelo estado de presença. “Dançar a Floresta” significa visitar memórias, ritmos e sensações que nos conectam à terra, evocando tecnologias sociais e políticas que geram deslocamentos em nossas formas de existir, individual e coletivamente, de maneira contra-colonial.
 

Ainda no dia 5, às 16h, haverá uma roda de diálogos com a participação de duas referências na área para trocar experiências e imaginar soluções coletivas de preservação e justiça ambiental: Ana Aza Njeri, doutora em Literaturas Africanas e pesquisadora de Filosofias, Culturas, Literaturas e Artes Africanas e Afro-Diaspóricas; e Renata Tupinambá, jornalista, roteirista, consultora, curadora, poeta e produtora, que atua desde 2005 na difusão das culturas indígenas por meio de projetos e etnocomunicação.
 

No dia 6, quinta-feira, a partir das 14h, a programação convida o público a assistir aos médias-metragens “Floresta que Você Não Vê”, que enlaça as histórias de luta e resistência de pessoas que enfrentam desafios para gerar renda e manter a floresta amazônica em pé; e “Rionegrinas”, que retrata luta das mulheres indígenas por espaço, território, renda e sustentabilidade. Em seguida, às 15h, haverá uma roda de diálogo com a participação da artista visual e bióloga indígena UÝRA para refletir sobre as nossas relações com os territórios que habitamos. Às 16h, começa uma nova rodada da Mostra Audiovisual, com a exibição de “O Chamado do Cacique: Herança, Terra e Futuro”. Também serão apresentados o curta “Artesanato”, de Are Yudja, e o videoclipe “Refloreste-se”, de Matsi Txucarramãe. Após a exibição dos filmes, será aberta uma roda de conversa entre os convidados – incluindo o Cacique Raoni – e o público presente.
 

Na sexta-feira, 7, às 14h, os três últimos filmes da mostra audiovisual serão exibidos a partir das 14h: os curtas “Mymba Guata”, que acontece na Terra Indígena Rio Silveira, “O T-Rex e a Pedra Lascada”, estrelado por crianças negras, e “Vida sobre as Águas”, um documentário que celebra a arquitetura única das comunidades ribeirinhas da Amazônia. Às 16h, Thuane Thux, diretora executiva no PerifaConnection, participa de mais roda de diálogo ao lado de Pedro Belga, da ONG Guardiões do Mar.
 

Trilhas da Florestania

O tema focal da SEMEIA 2024 é “Trilhas da Florestania”, concebido para sensibilizar a sociedade sobre as diferentes formas de manifestar a relação do ser humano com o mundo e dar ênfase a ações na luta pela preservação da natureza e da vida.
 

“Florestania” é um termo que combina ‘floresta’ e ‘cidadania’. É um conceito que enfatiza a relação entre as pessoas e as florestas, promovendo uma visão de cidadania que reconhece a importância desses patrimônios naturais para a vida das comunidades e para o planeta como um todo, sobretudo neste momento em que os efeitos da crise climática vêm se tornando cada vez mais evidentes”, explica Fábio Scarano, curador do Museu do Amanhã.

Confira a programação completa da SEMEIA 2024 e garanta seus ingressos gratuitos!
 

Sobre o Museu do Amanhã

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão – IDG. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo. Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu conta com o Banco Santander Brasil como patrocinador master, a Shell, Grupo CCR e Instituto Cultural Vale como mantenedores e uma ampla rede de patrocinadores que inclui ArcelorMittal, Engie, IBM e Volvo. Tendo a Globo como parceiro estratégico e Copatrocínio da B3, conta ainda com apoio de Bloomberg, Colgate, EGTC, EY, Granado, Rede D’Or, TechnipFMC e White Martins. Além da DataPrev apoiando em projetos especiais, contamos com os parceiros de mídia Amil Paradiso, Rádio Mix e Revista Piauí e Assessoria Jurídica feita pela Luz e Ferreira Advogados.
 

Sobre o IDG

O IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão é uma organização social sem fins lucrativos especializada em conceber, implantar e gerir centros culturais públicos e programas ambientais. Atua também em consultorias para empresas privadas e na execução, desenvolvimento e implementação de projetos culturais e ambientais. Responde atualmente pela gestão do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Paço do Frevo, em Recife, e Museu das Favelas, em São Paulo. Atua ainda na implantação e futura gestão do Museu do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, como gestor operacional do Fundo da Mata Atlântica e como realizador das ações de conservação e consolidação do sítio arqueológico do Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro. Também foi responsável pela concepção e implementação do projeto museológico do Memorial do Holocausto, inaugurado em 2022 no Rio de Janeiro. Saiba mais no link.

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