Situação de emergência em Oiapoque pode ser prorrogada

A situação de emergência em Oiapoque deve ser estendida por mais 180 dias. A medida, decretada pelo município e homologada pelo Estado em 2014, vence nesta quinta-feira, dia 26.

A prorrogação é necessária para que exista a possibilidade do envio de recursos e facilitação de algumas ações, como compra emergencial de material utilizado na prevenção, segundo o chefe da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e comandante do Corpo de Bombeiro Militar (CBM), coronel Marcelo Magno Bispo Correa.

De acordo com o último relatório da Defesa Civil, emitido segunda-feira, 24, existem 2.332 casos notificados de febre chikungunya em Oiapoque, dos quais foram confirmados 2.185. Desses números, 142 foram descartados e cinco ainda são suspeitos.

No início de março, um termo de cooperação entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Corpo de Bombeiros e Defesa Civil definiu o repasse de R$ 600 mil, voltado ao combate à epidemia de febre chikungunya.

Conforme Magno Bispo, um dos objetivos desse repasse, foi tentar minimizar as incidências e transferência de casos aos municípios com maior população. “O controle já começa a ser efetivo”, afirma.

Desastres
Além do controle de epidemia por doença infecciosa viral no Estado, as ameaças e iminências de inundações e alagamentos estão sendo monitoradas diariamente através do Sistema de Comando de Incidentes da Cedec do Amapá.

No dia 20 de março, a Cedec instalou, no auditório do CBM, o Posto de Comando de Incidente. No local, uma equipe de plantão, composta por oficiais de logística, operação, planejamento e informações, além de comandante, atualizam informações de desastres em Oiapoque, Macapá, distrito de Bailique e Santana. Também realizam o monitoramento de municípios atingidos em 2014 por inundações: Calçoene, Ferreira Gomes, Serra do Navio, Pedra Branca do Amapari e Laranjal do Jari.

O grupo monitora o nível do rio nos diversos municípios, realiza registro de ocorrências em Macapá, vistoria e atende os locais de risco, aciona o sobreaviso em caso de desastre e também centraliza as informações produzidas sobre os eventos.

Macapá
Segundo relatório parcial da Operação Equinócio, das 22h do dia 19 de março – data em que foi registrado elevado índice pluviométrico gerado pela chuva – até às 7h30 de quarta-feira, 25, foram geradas 55 ocorrências de alagamento, desabamento e corte de árvore em Macapá.

Na capital do Estado, não foi decretado estado de emergência. Atualmente, existe uma família desabrigada. Dez pessoas estão abrigadas no Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

Bailique
No distrito de Bailique houve o incidente das “terras caídas”. A Prefeitura decretou estado de emergência e o Estado vai homologar a medida.
De acordo com Magno Bispo, a Defesa Civil estadual já providenciou o processo para a homologação. No local ocorreu a erosão da margem fluvial, danificando estruturas como residências, posto de saúde, igreja e escola (que já estava desativada), comércio, dentre outros. O coronel declara que algumas áreas foram interditadas e hoje, a situação está normalizada.

Santana
Na semana passada, dia 20, houve alagamento em Santana. Atualmente existem 13 famílias, totalizando 49 pessoas desabrigadas e instaladas na Escola Amazonas. Conforme último relatório, do dia 23 de março, 2.500 casas foram afetadas com o desatre. Além disso, o abastecimento de água potável foi comprometido nos bairros Remédio II, Provedor II, Hospitalidade e Paraíso.

Monitoramento
A equipe da Defesa Civil está monitorando o nível do rio por município. Conforme relatório da Cedec, em Calçoene, o rio atingiu o pico de 2,78 m no dia 20, às 21h30, na preamar. Ferreira Gomes ficou em alerta na segunda-feira, dia 23, às 6h, quando o rio atingiu o pico de 3,1m. Não houve nenhum incidente.
No município de Pedra Branca, todos os desalojadas retornaram para as suas residências e a Defesa Civil continua o monitoramento.
Já em Laranjal do Jari, o pico da maré foi de 1,15m, no dia 21 de março, às 21h. O nível de alarme é de 1,85m

http://m.agenciaamapa.com.br/noticia.asp?n=41031

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