Telescópio espacial Kepler é oficialmente aposentado pela NASA
Patrícia Gnipper
Como já estava previsto desde o início do ano, chegou o fim da linha para o telescópio espacial Kepler, que ficou conhecido como o “caçador de exoplanetas”. A agência espacial dos Estados Unidos anunciou a “morte” do Kepler nesta terça-feira (30), explicando que o motivo para o triste fim do telescópio é mesmo o que já esperávamos: acabou-se o combustível.
O Kepler entrou para a história por ter permitido a descoberta de mais de 2.600 exoplanetas (aqueles que orbitam outras estrelas além do nosso Sol) e, graças a dados obtidos por meio dele, pudemos colher uma amostra estatística razoável sobre outros sistemas estelares, verificando que entre 20 e 50% das estrelas da Via Láctea têm planetas potencialmente rochosos nas zonas habitáveis de seus sistemas. E nada disso era sabido até pouquíssimo tempo atrás — apenas especulado.
A missão do Kepler começou em 2009, sendo que, em 2013, um de seus giroscópios falhou. Mas a NASA conseguiu estabilizar o apontamento do telescópio no ano seguinte usando a pressão da radiação solar como se fosse um giroscópio adicional e, assim, nasceu a missão K2, proporcionando mais uma série de descobertas sem precedentes até agora, em 2018.
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