Mercado de trabalho frustra em 2018, diz Ipea; graduado ganha menos que poderia

Segundo estudo do Ipea, nos últimos quatro anos, o total de jovens com nível superior em funções incompatíveis com a sua escolaridade subiu 6,1 pontos percentuais, chegando a 44,2%

O mercado de trabalho encerra 2018 aquém do esperado no início do ano, segundo a técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Maria Andreia Lameiras. “Temos consciência de que, para ter crescimento da taxa de ocupação, vamos ter que fazer o dever de casa, vamos ter que dar a sinalização aos empresários de que as reformas vão ser feitas”, afirmou.

Neste ano, o número de subocupados, de quase 7 milhões de trabalhadores, ainda é elevado. Mesmo no grupo menos atingido pela crise econômica, de pessoas com nível superior, muitos trabalham em postos de menor qualificação. Esses trabalhadores ganham 74% menos do que os seus pares que ocupam vagas compatíveis com suas formações.

Segundo estudo do Ipea, nos últimos quatro anos, o total de jovens com nível superior em funções incompatíveis com a sua escolaridade subiu 6,1 pontos percentuais, chegando a 44,2%. Se analisado todo universo de graduados, independentemente da idade, o mesmo índice é de 38%, o maior patamar desde o início da série, em 2012.

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