Estudante amazonense detecta 46 asteroides em projeto do Ministério da Ciência com a NASA
A universitária manauara Geovana Sousa Ramos, de 21 anos, detectou 46 asteroides ao participar do projeto Caça Asteroides, programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, realizado em parceria com a Agência Espacial Norte-Americana (IASC/NASA), entre junho e novembro. Com isso, ela pode ser a pesquisadora mais jovem a realizar uma descoberta dessa magnitude e uma das maiores caçadoras de asteroides do Brasil.
Foram disponibilizados mais de 17.500 pacotes de imagens captadas por um telescópio da Universidade do Hawaii de 1.8 metros, com aproximadamente 70 mil imagens a serem analisadas. Para fazer a identificação, as equipes inscritas utilizaram o software Astrometrica, também usado no envio de relatórios dos possíveis asteroides ou objetos próximos à Terra (NEOs) que ainda não haviam sido catalogados.
Geovana relata que durante a caçada aos corpos celestes, os participantes recebem orientação de uma equipe especializada do MCTI e ainda realizam treinamentos. “São fornecidos vários pacotes de fotos tiradas em dias diferentes para que possamos observar os movimentos e fazer as possíveis detecções através de relatórios, fazendo com que haja a possibilidade de fazer descobertas astronômicas e ainda poder nomeá-las”, disse.
Após mapear os asteroides, o próximo passo é escolher os nomes. “O processo tem várias etapas e para a confirmação final pode levar anos mas, atualmente a detecção tem as minhas iniciais GSR0009 junto a sequência numérica de minhas possíveis detecções. Depois de uma primeira experiência pude observar que poderia ser criativa no nome a ser entregue no relatório, contanto que seguisse os padrões. Então, no segundo e no terceiro fiz uma homenagem ao meu pai e minha irmã, PAI0010 e DANA003, respectivamente. As demais detecções são homenagens a familiares e amigos”, explicou.
Medalha e Certificado de Honra ao Mérito
No fim da edição deste ano, Geovana recebeu um certificado de reconhecimento assinado pela NASA e foi convidada pelo MCTI a participar da 18° edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece em Brasília, onde na próxima quarta-feira, dia 9, receberá uma medalha, além de um certificado de honra ao mérito que serão entregues pelo astronauta e Ministro do MCTI, Marcos Pontes.
Carreira
Geovana Ramos é natural de Manaus (AM) e, atualmente, mora no município de Tianguá, interior do Ceará, onde cursa o 1º período de Licenciatura em Física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE- Campus Sobral). Criada no bairro Jorge Teixeira, na zona leste da capital amazonense, a jovem cursou o ensino médio e se formou em 2017 no IV Colégio Militar da Polícia Militar – Áurea Pinheiro Braga, bairro Grande Vitória, também na zona leste.
Ela decidiu ingressar no ensino superior em outro estado por causa da não abertura de vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), no início do ano. Geovana viu a possibilidade de estudar no Ceará, onde o campo de atuação dela é referência. Apaixonada por ciência desde criança, um dos maiores objetivos da estudante é conquistar um prêmio Nobel. “Trazer o Nobel para nosso país é comprovar o quão nossa ciência é desenvolvida, ainda que sem tanto orçamento governamental. O cientista brasileiro chama atenção mundial e, muitas vezes, precisa sair do país para ganhar reconhecimento. Onde eu estiver, o Brasil estará sempre comigo”, afirmou.
A jovem possui um canal no YouTube, chamado “Astrofísica e Ciência por Geovana Ramos” (https://youtu.be/fBYPWTYncF4), e também propaga conteúdos científicos no Instagram @astrogeovana.
A universitária manauara Geovana Sousa Ramos, de 21 anos, detectou 46 asteroides ao participar do projeto Caça Asteroides, programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, realizado em parceria com a Agência Espacial Norte-Americana (IASC/NASA), entre junho e novembro. Com isso, ela pode ser a pesquisadora mais jovem a realizar uma descoberta dessa magnitude e uma das maiores caçadoras de asteroides do Brasil.
Foram disponibilizados mais de 17.500 pacotes de imagens captadas por um telescópio da Universidade do Hawaii de 1.8 metros, com aproximadamente 70 mil imagens a serem analisadas. Para fazer a identificação, as equipes inscritas utilizaram o software Astrometrica, também usado no envio de relatórios dos possíveis asteroides ou objetos próximos à Terra (NEOs) que ainda não haviam sido catalogados.
Geovana relata que durante a caçada aos corpos celestes, os participantes recebem orientação de uma equipe especializada do MCTI e ainda realizam treinamentos. “São fornecidos vários pacotes de fotos tiradas em dias diferentes para que possamos observar os movimentos e fazer as possíveis detecções através de relatórios, fazendo com que haja a possibilidade de fazer descobertas astronômicas e ainda poder nomeá-las”, disse.
Após mapear os asteroides, o próximo passo é escolher os nomes. “O processo tem várias etapas e para a confirmação final pode levar anos mas, atualmente a detecção tem as minhas iniciais GSR0009 junto a sequência numérica de minhas possíveis detecções. Depois de uma primeira experiência pude observar que poderia ser criativa no nome a ser entregue no relatório, contanto que seguisse os padrões. Então, no segundo e no terceiro fiz uma homenagem ao meu pai e minha irmã, PAI0010 e DANA003, respectivamente. As demais detecções são homenagens a familiares e amigos”, explicou.
Medalha e Certificado de Honra ao Mérito
No fim da edição deste ano, Geovana recebeu um certificado de reconhecimento assinado pela NASA e foi convidada pelo MCTI a participar da 18° edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece em Brasília, onde na próxima quarta-feira, dia 9, receberá uma medalha, além de um certificado de honra ao mérito que serão entregues pelo astronauta e Ministro do MCTI, Marcos Pontes.
Carreira
Geovana Ramos é natural de Manaus (AM) e, atualmente, mora no município de Tianguá, interior do Ceará, onde cursa o 1º período de Licenciatura em Física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE- Campus Sobral). Criada no bairro Jorge Teixeira, na zona leste da capital amazonense, a jovem cursou o ensino médio e se formou em 2017 no IV Colégio Militar da Polícia Militar – Áurea Pinheiro Braga, bairro Grande Vitória, também na zona leste.
Ela decidiu ingressar no ensino superior em outro estado por causa da não abertura de vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), no início do ano. Geovana viu a possibilidade de estudar no Ceará, onde o campo de atuação dela é referência. Apaixonada por ciência desde criança, um dos maiores objetivos da estudante é conquistar um prêmio Nobel. “Trazer o Nobel para nosso país é comprovar o quão nossa ciência é desenvolvida, ainda que sem tanto orçamento governamental. O cientista brasileiro chama atenção mundial e, muitas vezes, precisa sair do país para ganhar reconhecimento. Onde eu estiver, o Brasil estará sempre comigo”, afirmou.
A jovem possui um canal no YouTube, chamado “Astrofísica e Ciência por Geovana Ramos” (https://youtu.be/fBYPWTYncF4), e também propaga conteúdos científicos no Instagram @astrogeovana.