O impacto e a crueldade de selfies com animais selvagens

Entidade diz que houve um aumento de 292% no número de imagens de animais selvagens postadas no Instagram entre 2014 e 2017

André Cabette Fábio

Cientes de que fotos de animais selvagens são souvenires desejados, operadores de turismo na Amazônia criam oportunidades para que turistas façam selfies com espécies como bichos-preguiça, tucanos e anacondas.

O momento é eternizado e divulgado em redes sociais como o Instagram, mas muitos dos animais sobrevivem poucos meses ao cativeiro turístico.

Essa é uma das conclusões de um relatório divulgado pela ONG conservacionista World Animal Protection. A entidade realizou pesquisas nas redes sociais e enviou representantes a campo para coletar exemplos de abusos em Manaus, no Brasil, e Puerto Alegria, no Peru. O trabalho faz parte de uma campanha intitulada “Vida Selvagem, não Entretenimento”.

No Brasil, a pesquisa analisou os passeios de 18 agências de turismo em Manaus. Em 94% dos casos, as empresas anunciavam que animais poderiam ser segurados e tocados para poses em fotos, como se fossem “acessórios”.

Esse tipo de atividade é ilegal no Brasil. O relatório cita a Operação Teia, realizada em novembro de 2016 pelo Ibama após denúncias contra operadoras de turismo e provas obtidas por redes sociais. Seis companhias foram multadas em cerca de R$ 1,34 milhão.

Veja íntegra no site Nexo

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