Projeto Copinho do Amor representará Macapá em mostra nacional

O município de Macapá será representado na Mostra Nacional Aqui tem SUS pelo projeto Copinho do Amor, que ficou em segundo lugar na etapa estadual. A iniciativa, desenvolvida desde 2016 pela equipe de Estratégia Saúde da Família 038, que atua no bairro Brasil Novo, surgiu da necessidade de fortalecer e incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis primeiros meses de vida do bebê.

O experimento concorreu com outros 30 e tem uma metodologia simples e eficiente de captar precocemente as grávidas e lactantes da área coberta pela equipe, a fim de dar alternativas de amamentação exclusiva, sem perder a essência, por meio da reutilização de copinhos de frascos de medicamentos, que são esterilizados e ofertados entre os parceiros durante a consulta de enfermagem.

“Durante a primeira consulta do recém-nascido, realizada preferencialmente até o quinto dia de vida, é entregue o Copinho do Amor, seguido de orientação aos pais quanto ao manejo de lactação. Ele se encaixa perfeitamente na cavidade oral do bebê, evitando que ocorra algum tipo de lesão”, explica a enfermeira e idealizadora do projeto, Elen Silva.

A alterativa auxilia as mães que têm dificuldade de amamentar, seja pela pega, dores ou lesões nos seios, e também divide com o parceiro a responsabilidade do aleitamento materno, visto que pode amamentar o bebê por meio do copinho. “Observamos que a presença do parceiro tranquiliza e empodera a mulher para a amamentação, além de preparar essa criança para o momento da introdução de outros alimentos. Quando há esclarecimento, temos pais mais seguros e um estreitamento de laços entre pais e filhos por meio do aleitamento materno”, conta Elen.

A premiação de mil reais concedida aos membros da equipe será, em comum acordo, revestida em equipamentos e materiais que auxiliarão na manutenção deste e de outros projetos que eles desenvolvem. “Acredito que a nossa conquista serve para mostrar aos demais colegas que é possível fazer muito com pouco. Dizer que o SUS existe e que também funciona com práticas pequenas, mas que trazem grandes resultados e fazem a diferença na vida de muita gente”, finaliza a idealizadora do projeto.

Das mulheres que são atendidas, 89% levam até seis meses a amamentação exclusiva, e com seis meses é realizada a primeira consulta com odontólogo. O certame nacional irá acontecer em julho, em Brasília.

Jamile Moreira

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