Natura Musical e Ói Nóiz Akí apresentam a “Alquimia Modular Tucuju”
Inspirado no Som da Amazônia Espacial, o primeiro álbum do Capitão Pupunha evidencia o lado futurista da música regional.
Com lançamento marcado para o dia 10 de dezembro, “Alquimia Modular Tucuju” estará disponível nas plataformas digitais, o disco mostra a perspectiva da Amazônia futurista revelada pelo Capitão Pupunha a bordo da canoa cósmica YBYTU 473.
Muito antes de se tornar o “Pupunha”, o Capitão participava da banda “Nume”, onde vislumbrou o embrião do “Som da Amazônia Espacial”, conceito que representa a ideia da Amazônia do futuro, onde os habitantes do Planeta Pupunha geram energia modulando sintetizadores.
O nome “Capitão Pupunha” surge de forma natural como selo estético para o piloto da canoa interestelar que atravessa o portal entre esses dois mundos: a Amazônia e o Universo. “O Capitão não é nada mais que isso, uma ponte, um andarilho, um mendigo sideral curtindo as viagens influenciadas por Frank Zappa for president, Kraftwerk, Moebius, Kubrick, Pink Floyd, Os Mutantes, Júpiter Maçã e Arnaldo Baptista. Ao mesmo tempo, as correntes nortistas fluem dos mestres da guitarrada paraense, das Cúmbias e do Pinduca – grande divulgador do carimbó. Tudo isso linkado à psicodelia brasileira dos anos 70 e do rock progressivo desse período. Comecei ouvindo todos esses sons e naturalmente fazendo as conexões, tudo de acordo como manda o estatuto da música impopular amapaense”, palavras do Capitão.
A persona é mais complexa do que se pode imaginar à primeira vista, o Capitão Pupunha é um ser pensante, possui 13,7 bilhões de anos e atravessou multi planetas para nos trazer uma mensagem: “O FUTURO É MODULAR! Decodifiquei essa frase enquanto o meu corpo se desintegrava em um vórtice temporal. Após me recompor, compreendi que deveria compartilhar essa experiência com outros humanos. Descobri que a música é o veículo perfeito para comunicar essa ideia, o mestre Cyber Sacaca e o Bruxão Hermes Trismegisto me ajudaram a manipular alquimicamente a substância extraída nessa viagem espacial. Modulei em sintetizadores e misturei num caldeirão com o toque dos tambores do Marabaixo – manifestação cultural de matriz afroamapaense. Por fim, convidei alguns amigos extraterrestres para sintonizarmos esses sons. Surgiu “Alquimia Modular Tucuju”, assim é descrito o processo criativo pelo próprio Capitão Pupunha.
A produção musical desse disco é resultado de experimentações, catarses espaciais, psicodelia e interações com os parceiros convidados para embarcar nessa viagem sonora caos cósmica que reflete a convivência, bagunça e harmonia. Tudo isso numa fusão de ideias do universo criativo do Capitão Pupunha com a insanidade lisérgica dos Mendigos Siderais que o acompanham nessa jornada. “Inicialmente dividimos o processo de produção do disco, um registro mais requintado daquilo que já havíamos feito ao vivo. Primeiro, mapeamos os arranjos, relembramos e iniciamos a pré-produção. Fizemos alguns ensaios na casa do André Cantuária (baterista) e logo começaram as gravações!”, resume o Capitão.
O álbum tem duas partes, Lado A e Lado B, por conta da concepção e unidade que as músicas formam, assim como as fases e períodos em que elas surgiram. “‘Fumaçaçaçaçaçaçaçaçaçaçaça’, foi a primeira faixa. Montamos os equipamentos no home office do Otto Ramos (sintetizadores), e construímos todas as bases da música lá, o mesmo processo seguiu com a ‘Engrenagem Borboleta’. Todos os arquivos foram reunidos no estúdio do Hian Moreira, onde concluímos faixa por faixa”, relata o Capitão Pupunha.
Este é o terceiro álbum lançado pela Pororoca Sound com o patrocínio Natura Musical em 2021. “São os primeiros resultados dessa safra de música amapaense que recebe estímulo nas diversas frentes da cadeia criativa do Amapá, são produtores, instrumentistas, compositores, arranjadores, estúdios e uma gama de profissionais, todos muito dedicados às particularidades de cada artista e trabalhando à todo vapor em várias partes da capital amapaense na busca daquilo que melhor representa a nossa música, sempre respeitando às nossas raízes, valorizando a visão da juventude e cantando Amazônia que habita em nós”, avalia Claudio Silva, diretor executivo do Projeto.
Além do lançamento de nove álbuns e nove videoclipes, o projeto Pororoca Sound promove a aceleração da carreira artística através de atividades formativas e capacitação profissional na área da música, no desenvolvimento de habilidades artísticas e na gestão da carreira, dentre as atividades já realizadas, destacam-se a Oficina de Condicionamento Vocal, Oficina de Visagismo e Oficina de Consciência Corporal coordenadas, respectivamente, por Paulo Bastos, Arnanda Oliveira e Maurício Maciel.
Pororoca Sound foi selecionado pelo programa Natura Musical, através do Edital 2020, ao lado de nomes como Linn da Quebrada, Bia Ferreira, Juçara Marçal, Kunumi MC, Rico Dalasam. Ao longo de 16 anos, Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 140 projetos no âmbito nacional, como Lia de Itamaracá, Mariana Aydar, Jards Macalé e Elza Soares.
“O futuro que queremos construir é coletivo. Ele passa por momentos de tensão, mas, com a música, somos capazes de chegar a um lugar comum, respeitando a diversidade. Os artistas, bandas e projetos de fomento à cena selecionados por Natura Musical trazem a mensagem de que o futuro pode ser mais bonito com a música e com envolvimento de cada um de nós”, afirma Fernanda Paiva, Head of Global Cultural Brandin.
Sobre Natura Musical
Natura Musical é a plataforma de cultura da marca Natura. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu cerca de R$ 174,5 milhões no patrocínio de mais de 518 projetos – entre trabalhos de grandes nomes da música brasileira, lançamento e consolidação de novos artistas e projetos de fomento à cenas e impacto social positivo. Os trabalhos artísticos renovam o repertório musical do País e são reconhecidos em listas e premiações nacionais e internacionais. Em 2020, o edital do Natura Musical selecionou 43 projetos em todo o Brasil e promoveu mais de 300 produtos e experiências musicais, entre lançamentos de álbuns, clipes, festivais digitais, oficinas e conferências. Em São Paulo, a Casa Natura Musical se tornou uma vitrine permanente da música brasileira, com uma programação contínua de lives, performances, bate-papos e conteúdos exclusivos, agora digitalmente.