Livro “Floresta Antes da Terra” de Sérgio Andrade celebra o cinema na Amazônia
O cineasta e roteirista Sérgio Andrade lançou, nesta semana, o livro “Floresta Antes da Terra”, obra que reúne os roteiros de seus três notáveis longa-metragens: “Floresta de Jonathas”, “Antes o Tempo Não Acabava” e “A Terra Negra dos Kawa”.
A região amazônica possui uma longa história cinematográfica, desde o início do século XX, quando filmes começaram a ser exibidos em Manaus e Belém, e cinegrafistas capturaram a beleza da região em expedições científicas. No entanto, foi somente em 2012, nas palavras de Gustavo Soranz, que um longa-metragem produzido na região – dirigido por Sérgio Andrade e com equipe majoritariamente local – ganhou espaço nos cinemas comerciais e também se destacou em festivais nacionais e internacionais.
O livro apresenta os roteiros completos dos três filmes realizados por Sérgio Andrade entre 2010 e 2018, acompanhados por ilustrações, croquis do autor e fotos variadas, oferecendo uma visão profunda da realidade amazônica. Andrade, natural de Manaus, é reconhecido por sua contribuição à indústria cinematográfica.
Sérgio Andrade é diretor, roteirista e produtor, tendo participado de produções de TV e cinema na região amazônica. Seus curtas-metragens, incluindo “Um Rio Entre Nós” e “Cachoeira”, receberam prêmios em festivais como Brasília, Clermont-Ferrand, Tiradentes, entre outros. Seu primeiro longa-metragem, “A Floresta de Jonathas”, foi o pioneiro do Norte do Brasil a ser contemplado pelo Edital de Baixo Orçamento do MinC. O filme foi licenciado pela HBO e percorreu festivais internacionais.
O segundo longa-metragem, “Antes o Tempo não Acabava”, estreou no Festival de Berlin, em 2016, conquistando prêmios em Lisboa e Vitória. Já “A Terra Negra dos Kawa”, seu terceiro longa-metragem, foi selecionado para o Festival do Rio e a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
“O lançamento do livro ‘Floresta Antes da Terra’ é uma celebração da união entre a literatura e o cinema, proporcionando uma profunda imersão na magia única do cinema amazônico”, comenta Andrade.