Betina Poraid conduz sessão gratuita de “Priscilla, a Rainha do Deserto” na Cinemateca Brasileira

Vencedor de Oscar e ícone para a comunidade LGBTQIAP+, filme integra a programação do Australian Film Festival – Festival de Cinema Australiano, 26 a 28 de abril, em São Paulo

Vencedor de um Oscar e ícone da comunidade LGBTQIAP+, “Priscilla, a Rainha do Deserto” “trintou em 2024” em grande estilo: o filme vai ganhar uma sequência nos cinemas. O anúncio foi feito pelo próprio diretor, Stephan Elliott, na última semana em uma entrevista ao Deadline. A expectativa da nova produção, assim como o marco da obra para a comunidade LGBTQIAP+ e o cinema estarão entre os temas da sessão especial que será realizada neste sábado, 27 de abril, durante o Australian Film Festival – Festival de Cinema Australiano. Com entrada gratuita, na Cinemateca Brasileira, a exibição do longa-metragem será às 18h30, e seguirá com um  bate-papo conduzido por Betina Polaroid, finalista do reality show brasileiro Drag Race Brasil, programa inspirado na série original americana, RuPaul’s Drag Race. A programação do evento está disponível no ig @australianfilmfestbr.

Com um trabalho ligado a estética da fotografia e do universo drag queen, dois temas presentes no filme, Betina Polaroid usa a câmera polaroid em suas performances, assim como seu criador, Beto Pêgo, que durante quase 10 anos registrou a cena no Rio de Janeiro. Na sessão especial, Betina irá falar como o filme “Priscilla, a rainha do deserto” se tornou uma referência pessoal e em sua arte. A entrada é gratuita e as senhas serão distribuídas uma hora antes da sessão, exclusivamente de forma presencial, na Cinemateca Brasileira.

Vencedor do Oscar e do Bafta de Melhor Figurino (1995), além de indicações ao Globo de Ouro, WGA Awards, entre outros reconhecimentos, o longa-metragem é uma comédia dramática sobre três drag queens que saem de Sydney e viajam por diversas cidades da Austrália para fazer um show em um resort. No caminho, o ônibus batizado de “Priscilla” quebra, gerando conflitos, reflexões e a vontade de não deixar o show parar: em meio ao deserto e outros lugares improváveis, as apresentações continuam. “O filme foi uma ótima desculpa para trazer de volta o musical de Hollywood. Hoje, as drag queens são emblemáticas de todo o estilo, o brilho, o glamour e a dor dessas extravagâncias”, diz o diretor Stephan Elliott.

 “Priscilla, a Rainha do Deserto”, 30 anos : equipe relembra perrengues

O road trip filmado em 40 dias, em várias locações em torno de Sydney, Broken Hill, Coober Pedy, Kings Canyon e Alice Springs, “Priscilla a Rainha do Derserto” levou  elenco e a equipe a viajar por mais de 3.334 quilômetros da cosmopolita Sydney até o deserto árido, no centro da Austrália.  Segundo o produtor Al Clark, a equipe de produção atuou como “um trem rodoviário abrindo caminho pelo interior da Austrália”, montando sets de filmagens em áreas remotas, em uma época onde a comunicação era apenas por rádio, sem internet. “Para tornar o filme apropriadamente épico”, diz Al Clark, “tivemos que fazer a mesma jornada que os personagens –

 fazem no filme”. Poeira, o calor e as condições primitivas das estradas causavam estragos nos equipamentos, figurinos e maquiagem, relembra o diretor de fotografia Bdan Brehenyl. “Tivemos que garantir que tivéssemos estoque suficiente e equipamentos de reserva para durar até chegarmos a cidade de Alice Springs”.

Vencedores dos principais prêmios, a equipe de figurino teve um grande desafio na estrada: os 38 trajes de drag individuais projetados para o filme, incluindo extravagantes adereços para a cabeça e perucas, foram danificados devido ao calor intenso e oscilações de temperatura. Todos tiveram que ser refeitos às vésperas, no próprio set de filmagem.

Além das altas temperaturas, a equipe ficou isolada por dois dias no deserto, após uma tempestade que deixou os veículos da produção atolados em lama. “Tivemos a precipitação  cidade Coober Pedy ultrapassou os recordes: em apenas uma semana, choveu o equivalente a um ano”, diz o produtor Michael Hamlyn.  Mas o diretor levou tudo numa boa. “Eu trabalho melhor sob pressão. Eu estava exausto no final das filmagens, mas quanto pior ficava, mais desafiador se tornava para mim”, relembra Elliot.

Nem chuva, nem neve, nem lama impediram Priscilla de chegar ao seu destino intacta. “As filmagens tinham a energia de um vídeo de rock”, diz o diretor de fotografia. “Todos estavam animados. A música estava pulsante, os figurinos eram extravagantes e as situações eram bizarras”, relembra. “O que este filme faz pela cena drag é o que Sean Connery fez para o serviço secreto”, diz o produtor Michael Hamlyn. “Ele glamoriza”, completa.

Filme “Vem dançar comigo” é exibido na sessão das 16h

No mesmo dia (sábado, 27 de abril), mas cedo, às 16h, outro clássico australiano será exibido: “Vem dançar comigo” (1992), musical dirigido por Baz Luhrmann. Indicado a 20 prêmios, o longa é vencedor de quatro prêmios BAFTA e um no Festival de Cannes. A entrada do festival é gratuita, com distribuição de senhas uma hora antes da sessão. O evento também realiza uma campanha social, convidando os espectadores para trazer uma peça de roupa para doação, preferencialmente agasalhos.

O Australian Film Festival – Festival de Cinema é uma realização da Embaixada da Austrália, ABCC (Australia-Brazil Chamber Of Commerce), Cinemateca Brasileira e Ministério da Cultura.  Tem produção assinada por Vitor L. Meyer e Giuseppe Cassin, em parceria com Estúdio Escarlate e Owner Entertainment. O patrocínio é de NVH Studios,Twins for Peace, FYME Group, Ancora Lawyers,  Yooz Study e Radioactive, com apoio de Intercity, DK Produções e Eventos, Santa Infra, InnVernia e KMM.

Serviço:

Australian Film Festival – Festival de Cinema Australiano (FCA 2024)

Quando: 26 a 28 de abril

Onde: Cinemateca Brasileira

Endereço:  Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana – São Paulo (SP)

Quanto: Gratuito

Programação: @australianfilmfestbr.

Programação 2024

26 de abril – Sexta-feira

19h -Cerimônia de abertura – apenas para convidados

20h- “O País de Charlie”

27 de abril – Sábado

16h- “Vem dançar comigo”

18h30- “Priscilla, a rainha do deserto”. Sessão e bate-papo com Betina Polaroid.

28 de abril – Domingo

15h- “Terras Perigosas”

18h-“Anticristo – O Exorcismo de Lara” – Sessão e bate-papo com produtor executivo Giuseppe Cassin.

SUGESTÃO DE LEGENDA DAS FOTOS:

FOTOS 1 e 2Em 2024, “Priscilla, a rainha do deserto” comemora 30 anos e terá uma sessão especial no Festival de Cinema Australiano. Créditos: Divulgação.

FOTOS 3: Betina Polaroid participa de um bate-papo com o público na sessão especial de “Priscilla, a rainha do deserto”, na Cinemateca Brasileira. Créditos: Divulgação

FOTO 4:  Charlie’s Country”, do diretor Rolf de Heer, é um dos filmes na programação do Australian Film Festival – Festival de Cinema Australiano 2024 Créditos: Divulgação.

FOTO 5: O Anticristo – O Exorcismo de Lara terá sua primeira exibição no Brasil no Australian Film Festival – Festival de Cinema Australiano. Créditos: Divulgação

Sinopse dos filmes

“O País de Charlie (Charlie’s Country)”, do diretor Rolf de Heer.

Drama. Vivendo em uma comunidade remota no norte da Austrália, Charlie é um guerreiro além de seus dias de glória. À medida que o governo aumenta seu domínio sobre o modo de vida tradicional da comunidade, Charlie se vê perdido entre duas culturas. Sua nova vida moderna oferece a ele uma maneira de sobreviver, mas, no final das contas, é uma sobre a qual ele não tem controle. Finalmente cansado quando sua arma, sua lança recém-criada e o jipe de seu melhor amigo são confiscados, Charlie parte sozinho para o meio selvagem, para viver à moda antiga. No entanto, Charlie não imaginava para onde poderia acabar, nem o quanto a vida mudou desde os velhos tempos…

“Vem dançar comigo (Strictly Ballroom)”, de Baz Luhrmann.

Musical. Um dançarino independente arrisca sua carreira realizando uma rotina incomum e se propõe a ter sucesso com uma nova parceira (Fonte: IMDB). Vencedor do Festival de Cannes, com o Prêmio da Juventude na categoria de filme estrangeiro, recebeu 10 indicações ao BAFTA, das quais recebeu dois prêmios, entre outros festivais.

“Priscilla, a rainha do deserto (The adventures of Priscilla queen of the desert”, de Stephan Elliott.

Comédia dramática. Três drag queens, interpretadas por Hugo Weaving, Guy Pearce e Terence Stamp, viajam da cidade de Sydney até Alice Springs, para um show em um resort. A viagem é feita em um ônibus turístico, chamado “Priscilla”, que quebra no meio do deserto, mas as apresentações continuam em cenários improváveis. Vencedor de um Oscar de Melhor Figurino, o filme de 1994 teve mais dez indicações aos principais prêmios de cinema e comemora 30 anos em 2024.

“Terras Perigosas (High Ground)”, dos diretores Stephen Maxwell Johnson e Stephen Johnson.

Suspense. Suspense ambientado em 1930 na Austrália, o longa-metragem traz fatos poucos conhecidos da história deste país, ao contar a saga de um jovem aborígene aborígene Gutjuk, que, na tentativa de salvar o último membro de sua família, se une ao ex-soldado Travis para rastrear Baywara – o guerreiro mais perigoso do Território, que também é seu tio. Conforme Travis e Gutjuk viajam pelo interior, começam a ganhar a confiança um do outro, mas quando as verdades sobre as ações passadas de Travis são repentinamente reveladas, é ele quem se torna o caçador. O filme é estrelado por Simon Baker.

“Anticristo – O Exorcismo de Lara” (Godless: The Eastfield Exorcism), com direção de Nick Kozakis.

Terror. Baseado em fatos reais. Lara é uma mulher atormentada, dividida entre a ciência e a fé. Seu marido a pressiona a procurar tratamento em uma congregação de fanáticos, e um exorcista implacável tenta salvar sua alma fazendo uma mulher inocente passar pelo inferno.

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