Alimentação na gravidez: o que comer e o que evitar

Conhecer as propriedades dos alimentos garante a saúde da mãe e do bebê.

Para muitas mulheres, descobrir a gravidez é um momento marcado por diferentes  sentimentos. Ansiedade, felicidade, preocupação e medo podem acompanhar as gestantes durante essa fase, marcada por muitas mudanças. Ter a orientação correta sobre os assuntos relacionados à maternidade é uma forma de garantir a saúde física e emocional da mãe e do bebê. 

Um dos temas que merece atenção das gestantes é a alimentação. Autoridades de saúde informam que alguns alimentos podem ser prejudiciais para a formação da criança e a saúde da mãe, por isso, precisam ser evitados. O Ministério da Saúde alerta que produtos crus, mal cozidos ou mal higienizados não devem ser consumidos, pois podem ter bactérias ou parasitas causadores de doenças.

O guia “Alimentação na Gestação”, elaborado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), informa que bebidas alcoólicas devem ser evitadas pois são prejudiciais durante a gestação. 

Já o consumo de cafeína requer atenção. Presente no café, em alimentos e bebidas contendo cacau, chás e refrigerantes à base de cola, a substância deve ser consumida com moderação, o que corresponde a 200 mg por dia, segundo o estudo.

Para evitar problemas, a recomendação é para que as gestantes mantenham um acompanhamento médico e nutricional. Além de evitar os alimentos prejudiciais, é necessário conhecer e priorizar aqueles que ajudam a garantir um bom funcionamento do organismo. 

Juntamente com esses alimentos, ricos em nutrientes, também pode ser indicada a suplementação. Os benefícios do Ogestan Gold e outros suplementos alimentares são evidenciados por estudos científicos, e o consumo é incentivado por médicos e órgãos ligados à saúde da mulher.

Quais alimentos uma gestante precisa consumir? 

O Ministério da Saúde explica que, durante a gestação, o corpo feminino passa por uma série de alterações fisiológicas e anatômicas que exigem um aporte específico de nutrientes. Os macro e micro nutrientes precisam ser consumidos na quantidade ideal para garantir um bom funcionamento do organismo da mulher e auxiliar no desenvolvimento do bebê. 

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) aponta que, quando os nutrientes não são ingeridos na quantidade correta, pode ocorrer o aumento das chances de problemas gestacionais e complicações durante o parto. 

Dessa forma, a recomendação das autoridades de saúde é para que a alimentação durante a gestação seja balanceada, completa e variada, com a adição de alguns nutrientes específicos. 

Os itens ricos em ácido fólico são fundamentais nesse período. Conforme explica o guia “Alimentação na Gestação” da UniRio, a deficiência desta substância é considerada o maior fator de risco para os defeitos no fechamento do tubo neural, processo essencial para a formação da calota craniana e da coluna vertebral do bebê. 

Dessa forma, as gestantes devem priorizar o consumo de alimentos que sejam fonte desse nutriente, como espinafre, feijão-branco, soja e derivados, melão, maçã, brócolis, gema de ovo, fígado, peixes e beterraba. 

O cálcio também é um nutriente essencial durante a gestação. O Ministério da Saúde relaciona a falta desta substância ao maior risco de pré-eclâmpsia. Laticínios, sardinha, feijão, laranja e leites vegetais fortificados como o de aveia, coco ou amêndoas são boas opções para aumentar o consumo de cálcio. 

O ômega 3 também é citado como essencial para as gestantes. De acordo com o Ministério da Saúde, ele auxilia no desenvolvimento do cérebro e da visão do feto e na redução de complicações inflamatórias da gestante. Sardinha, salmão, atum, chia, castanhas, nozes e linhaça são alimentos ricos em ômega 3. 

Há, ainda, o ferro, nutriente que, de acordo com a Febrasgo e o Ministério da Saúde, é de grande valia para as gestantes, principalmente, no último trimestre da gestação. Nesse período, as mulheres necessitam da substância em abundância, pois há um crescimento acelerado do bebê e o aumento do volume sanguíneo materno. Carnes, gema de ovo, hortaliças de folhas escuras, feijões, lentilha e oleaginosas são boas fontes de ferro. 

O guia da UniRio cita, ainda, as vitaminas D e A como essenciais. Os componentes podem ser obtidos por meio do consumo de bacalhau, atum, fígado, leite e derivados, batata-doce, cenoura, abóbora e hortaliças verdes. 

As gestantes podem recorrer à suplementação para obter esses nutrientes. De acordo com a Febrasgo, a recomendação é feita em casos específicos, para preencher lacunas nutricionais e apoiar os processos fisiológicos da mãe e do bebê. O órgão destaca que os suplementos devem ser usados seguindo as recomendações médicas.

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