Temer decreta uso das Forças Armadas em Roraima em meio à crise migratória

Tropas atuarão até 12 de setembro. Estado enfrenta dificuldades para lidar com fluxo de imigrantes venezuelanos e situação ganhou contornos violentos na última semana

Heloísa Mendonça

O presidente Michel Temer autorizou, no final da tarde desta terça-feira, o uso das Forças Armadas em Roraima para reforçar a segurança no Estado, que vem recebendo um fluxo grande de imigrantes, fugindo da crise instaurada no país caribenho. A medida foi anunciada por Temer em um pronunciamento no Palácio do Planalto dez dias após a cidade fronteiriça de Pacaraima registrar um ataque de um grupo de moradores a acampamentos improvisados de venezuelanos.

Segundo o presidente, o emprego das Forças Armadas será para garantir a lei e a ordem em Roraima. “Naturalmente, para oferecer segurança aos cidadãos brasileiros e aos imigrantes venezuelanos que fogem de seu país em busca de refúgio no Brasil”, disse em pronunciamento. As Forças Armadas atuarão no Estado até o dia 12 de setembro na faixa de fronteira Norte e Leste e nas rodovias federais. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) será publicado no Diário Oficial da União desta quarta. Outros Estados em situações de emergência na área de segurança já receberam tropas militares por meio das operações da GLO, como o Rio de Janeiro que depois acabou sofrendo uma intervenção federal.

Na semana passada, em visita a Pacaraima, o ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann, já tinha sinalizado a possibilidade de emprego das Forças Armadas ao sugerir que cabia à governadora, Suely Campos, decidir se queria a presença das forças do Exército, não para fechar a fronteira, porque é ilegal e já foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas para fazer a segurança do Estado.

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