Rádio Nacional da Amazônia comemora 41 anos à serviço da cidadania

Pelas ondas curtas, a Rádio leva informações aos povos tradicionais e é um espaço também para comunicação entre famílias e comunidades separadas por longas distâncias e pouco acesso às novas tecnologias

É pelas ondas do rádio e pelas águas dos rios que gerações de ouvintes se conectam há 41 anos. A Rádio Nacional da Amazônia faz aniversário neste sábado (01) com muita história pra contar. São quatro décadas de prestação de um serviço público essencial: notícias e informações sobre direitos.

A emissora é um espaço para comunicação entre famílias e comunidades separadas por longas distâncias e com pouco acesso às novas tecnologias.

Sula Sevillis, apresentadora do programa Ponto de Encontro, fala sobre o papel da Rádio na Amazônia de hoje:

“As pessoas continuam procurando parentes, que não tem notícias há muitos anos. O que mudou realmente foi a forma de participação. Antigamente diziam, olha, o rádio vai morrer, o rádio vai acabar e aí, o que vai acontecer? A nossa população da Amazônia nunca teve esse medo. porque a Rádio Nacional da Amazônia sempre esteve presente por meio das ondas curtas, por meio do satélite, a nossa programação vai por satélite e as pessoas podem ouvir pelas antenas parabólicas”, comenta Sula.

 

A produtora Roberta Timponi trabalha na Rádio Nacional da Amazônia desde 2013 e atua no programa Tarde Nacional, o primeiro da emissora a utilizar o whatsapp para dialogar com os ouvintes.

“Eles usam muito pra passar recados, pra pedir música, pra mandar beijo, pra fazer denúncias até e a gente encaminha para o pessoal do radiojornalismo para eles apurarem. É muito bom ter esse contato mais direto. Ás vezes a gente manda áudio para os ouvintes. Tem essa troca mais rápida. Eles comentam muito os temas da entrevista”, explica a produtora.

A agricultora Rosa Helena Nery, de 42 anos, manda e recebe notícias da filha pela Rádio Nacional da Amazônia. Ela vive em uma área rural de São Félix do Xingu, no Pará, e de lá, colada no radinho, acompanha os desafios enfrentados pela filha. Raquel, de 22 anos, faz medicina veterinária em Palmas, no Tocantins. Ela ouve a rádio todos os dias pela internet e envia recados para a mãe pelo whatsapp da emissora.

“Eu sempre deixo a minha mãe calma porque a distância é muito grande e minha mãe fica muito preocupada porque eu moro aqui sozinha”, destaca Raquel.

A Rádio Nacional da Amazônia, que hoje está no ar pelas ondas curtas 12 horas por dia, fora da faixa de 45 metros, está em fase de aquisição de equipamentos para garantir pelo menos mais 41 anos de comunicação pública a serviço da cidadania.

 

Ouça também no Repórter Nacional:

– Ministro da Educação diz que edução básico está no fundo do posso;

– TSE pode aprova hoje registros da candidatura de Lula à Presidência;

– Supremo aprova terceirização para atividade-fim.

 

Ouça a íntegra no Repórter Nacional:

EBC

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