Como a pandemia tem afetado o comércio online

O coronavírus está se espalhando pelo mundo em um ritmo acelerado e está afetando, entre outras coisas, também o comércio eletrônico. Conversamos com alguns especialistas e analisamos alguns estudos recentes para tentar entender como a nova pandemia pode afetar os negócios no Brasil e no mundo e o que você pode fazer para continuar mantendo seu negócio ativo durante esse período de incertezas.

 

O impacto do coronavírus (COVID-19) no comércio eletrônico

Um estudo realizado pela Associação Varejista da Alemanha no início de março fornece os primeiros números representativos sobre a situação: 55% dos varejistas online esperam ou já sofreram perdas no dia-a-dia devido à pandemia.

Atualmente, a confiança do consumidor nos produtos “Made in China” também se viu afetada, com 82% de todos os varejistas online esperando que a situação piore. Até segunda-feira, 6 de abril (sujeito a alterações), as seguintes medidas foram aplicadas pelos governos em todo o mundo: bloqueios foram introduzidos em vários países europeus, incluindo França, Bélgica, Itália e Espanha e Alemanha e as transportadoras estão tomando várias medidas relativas à proteção de suas equipes (embora estejam tentando manter os serviços funcionando normalmente).

Outros possíveis impactos nas operações incluem a interrupção ou diminuição dos níveis de estoque e das cadeias de suprimentos em vários países, principalmente em casos de fabricação terceirizada no exterior ou de produtos importados e uma maior incerteza econômica pode levar as pessoas a pensarem duas vezes antes de gastar.

No Brasil, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Compre & Confie, empresa de inteligência de mercado focada na indústria digital, publicou um relatório sobre as variações no faturamento do comércio eletrônico causadas pela crise do coronavírus.

Comparando os dados de vendas dos meses de fevereiro e março deste ano com o mesmo período do ano passado, observou-se um incremento no consumo, principalmente de segmentos como supermercados (80%), saúde (111%) e beleza e perfumaria (83%). Categorias como câmeras, filmadoras e drones (-62%), jogos (-37%), eletrônicos (-29%) e automotivo (20%) sofreram forte descenso no mesmo período.

“Houve uma mudança significativa no comportamento do consumidor com a chegada da covid-19. Setores que geralmente apresentam bons resultados tiveram queda significativa, enquanto outros, de menor porte no e-commerce, ganharam o protagonismo. A tendência é que o cenário continue dessa forma, com consumidores cada vez mais engajados nas compras à distância e movimentando de forma significativa o consumo de categorias relacionadas às necessidades básicas do dia a dia e ao esforço de prevenção da covid-19″, destaca o diretor executivo da Compre&Confie, André Dias.

Produtos de saúde como inaladores e nebulizadores tiveram um aumento de 177,5% nas vendas em relação a janeiro deste ano e a busca por gel antisséptico subiu 165% no mesmo período. Isso reflete a preocupação dos brasileiros com a saúde no momento e mostra que a população está seguindo as orientações do Ministério da Saúde em relação aos cuidados. 

 

Como evitar interrupções em sua cadeia de abastecimento

A China domina a maioria das cadeias de abastecimento, mas a produção barata do país tem seu preço: uma enorme dependência que, por consequência, interrompeu o fornecimento no mundo todo, causando uma redução na disponibilidade dos comércios eletrônicos.

De acordo com  REVIEWBOX, apesar da situação estar melhorando lentamente na China, alguns comércios eletrônicos brasileiros estão tomando precauções, como encontrar fornecedores alternativos e backup para produtos e matérias-primas, além de expandir sua gama de produtos para não dependerem unicamente de um só fornecedor.

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