Participação popular nas decisões sobre pavimentação da BR-319 é discutida em webinar gratuito

Nesta sexta-feira (15), a partir das 9h (horário de Manaus), o Observatório BR-319 (OBR-319), sob a coordenação da WCS Brasil, realiza o webinar “BR-319: Por que a participação popular importa?”. O evento é gratuito e será transmitido através do perfil da WCS Brasil no Facebook, dos perfis das organizações membro do OBR-319 e pela Rádio Floresta, do município de Careiro.

O intuito do evento é criar um diálogo sobre a importância da participação popular nas ações e decisões de pavimentação da BR-319. Para isso, o webinar apresentará um breve histórico sobre o processo de licenciamento da rodovia BR-319; consulta prévia, livre e informada, participação social e licenciamento ambiental; além de informações sobre o fortalecimento da governança como estratégia para reduzir os impactos de obras de infraestrutura.

Estarão no evento a pesquisadora do Centro de Direitos Humanos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Tamara Brezighello Hojaij; o antropólogo e indigenista responsável pela facilitação dos protocolos de consulta e consentimento dos povos Wajãpi e Mura, Bruno Walter Caporrino; e a diretora da WCS Bolívia, especialista em abordagens técnicas de planejamento territorial com povos indígenas, Lilian Painter. O webinar terá moderação da secretária executiva do OBR-319, Fernanda Meirelles, e do diretor da WCS Brasil, Carlos César Durigan.

O diretor do WCS Brasil, Carlos César Durigan, explica que o webinar vai proporcionar um espaço qualificado, dando ênfase à necessidade de se constituir uma melhor dinâmica e metodologia para que a participação ampla dos diversos grupos sociais possa, de fato, trazer contribuições ao processo.

“O licenciamento das obras na BR-319 tem sido um processo difícil, que precisa muito ser debatido de forma ampla e qualificada. Por isso, esse webinar se propõe a ser um debate e também um alerta para que as soluções necessárias sejam construídas de forma participativa”, explica. “As audiências públicas, por sua vez, não descartam a necessidade e a obrigatoriedade da realização de consultas aos povos indígenas e comunidades tradicionais, e esta etapa precisa ser cumprida e deve gerar subsídios essenciais para minimizar os impactos sobre a região”, disse Durigan.

Observatório BR-319

O Observatório BR-319 é formado pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Fundação Amazônia Sustentável (FAS), Fundação Vitória Amazônica (FVA), Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), WCS-Brasil e WWF-Brasil e Transparência Internacional Brasil. Para saber mais, acesse: www.observatoriobr319.org.br.

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