A influência da moda sustentável nas grandes marcas

A tendência sustentável veio para ficar, graças aos consumidores cada vez mais exigentes e atentos ao mercado da moda.

O mercado de moda é um dos mais ativos em todo o mundo. Não importa o que aconteça, sempre há uma novidade lançada pelas marcas, sem contar os influenciadores, que também ditam tendências.

No entanto, esse é um dos setores menos sustentáveis, tanto social quanto ambientalmente. Antes das redes sociais e da internet, era fácil ignorar a situação, mas os consumidores atuais estão muito mais conscientes e exigentes.

Antes de fazer uma compra, eles pesquisam sobre a marca. Um tênis da Disney não é levado para casa apenas pela influência da empresa no mercado, mas porque a empresa deixa claro que está envolvida em atitudes sustentáveis pelo marketing, por exemplo.

Moda sustentável

A moda sustentável consiste em conhecer e acompanhar de perto todas as etapas de produção, desde a seleção dos tecidos e outros materiais até o descarte correto de resíduos. Na parte social, cabe conferir se o trabalho escravo não é realizado, nem há condições precárias para os funcionários envolvidos na produção das peças.

Incentivo ao atemporal

A moda gira em torno do conceito fast fashion: são lançadas novas coleções o tempo todo. Um item do semestre anterior já pode ser visto como ultrapassado. O resultado disso são milhares de peças descartadas em aterros sanitários, contribuindo para o aumento da produção de lixo.

No conceito sustentável, isso muda um pouco. As marcas que desejam se adaptar à ideia precisam pensar em peças atemporais, que sigam a tendência do momento, mas continuem em alta na próxima temporada.

Descarte apenas necessário

Outra missão das empresas sustentáveis do setor da moda é apresentar peças duráveis, que possam ser usadas por muito tempo, não apenas pela atemporalidade, mas pela boa qualidade. Além disso, é possível incentivar o descarte apenas quando necessário, usando a personalização como uma solução.

Transparência de informações

Com as redes sociais e o acesso rápido à internet por meio dos celulares, as marcas são cobradas sobre o funcionamento do processo produtivo. As pessoas querem ter certeza de que se identificam de verdade com a empresa, inclusive em relação à preocupação com a sustentabilidade.

As marcas devem fazer uma escolha: se posicionarem como sustentáveis e mostrarem provas disso ou seguirem o conceito fast fashion. A segunda alternativa é um risco. Afinal, as gerações mais novas são exigentes e cobram uma postura com quem ou o que se identificam.

Oportunidade atrativa

As empresas abertas às novidades sabem que precisarão fazer grandes mudanças e investimentos. Apesar disso, a longo prazo, o resultado é consistente. Além de manter clientes fiéis, que compram por confiarem na marca, isso contribui para um mundo melhor.

O desafio é atrativo. Afinal, mais que criar e apresentar novidades nas passarelas, é preciso trabalhar a ideia atemporal em uma roupa ou um calçado facilmente adaptável para a próxima novidade do ano.

Tendência duradoura

É muito difícil que as grandes marcas consigam fugir da moda sustentável. Tanto que boa parte delas já adotou essa tendência que veio para ficar. Além do próprio consumidor mais atento ao que leva para casa, políticas públicas e órgãos reguladores têm peso nisso.

O incentivo fiscal para empresas que se identificam e provam que são sustentáveis é uma política pública para as marcas estarem mais abertas a essa novidade. É importante começar desde já, apresentando essa possibilidade para os clientes.

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