Regiões da Amazônia têm risco de incêndio até o fim do ano

O risco de incêndios florestais vai começar a diminuir, em todo o país, a partir deste mês, segundo análise do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, do Ibama.

Mas segundo o chefe do Prev-fogo, Gabriel Zacarias, alguns pontos da região amazônica ainda podem sofrer com focos de calor até o fim do ano.

Sonora: “Está se encerrando o período de seca, começando a entrar no período chuvoso, mas isso pode demorar ainda uns dois meses. Novembro, dezembro, a gente tende a ter uma situação mais complicada ainda de incêndios. A borda norte, leste dessa região – Roraima, Amapá, Pará, Maranhão – são as áreas onde para esse período a gente ainda tem um risco maior de incêndios. A região mais a oeste: Acre, Rondônia, o sul também ali no Maranhão, e o próprio estado do Amazonas, já tem um risco menor de incêndios. Já está chovendo inclusive nessas áreas.”

Os meses de setembro e outubro foram particularmente quentes e secos no Norte brasileiro. Em estados como Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins, os focos de incêndio registrados superaram os dados do ano passado.

No Amazonas, por exemplo, o Instituto de Pesquisas Espaciais registrou até esse início de novembro, cerca de 13.600 focos de incêndio. No ano passado foram cerca de 9 mil.

Gabriel Zacarias diz que a culpa desse descompasso climático é do fenômeno El Niño.

Sonora: “O El Nino é um fenômeno que, para região Norte do país ele causa diminuição da quantidade de chuva e diminuição da umidade do ar. Então, o El Nino, esse efeito climático que acontece de anos em anos, ele tem, para região Norte um efeito de seca. Então, chuvas abaixo da média, que é o que está acontecendo em toda a região Norte e nesse caso mais específico, na região Amazônica.”

O Prevfogo estima que 95% dos incêndios florestais sejam provocados pelo homem. O instituto orienta que se evitem queimadas de pasto nas épocas mais secas do ano.

EBC

Foto: Chico Terra

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