líder de facção criminosa no Amapá é transferido para presídio de fora do Estado

Nesta sexta-feira (23), a pedido do Ministério Público do Estado do Amapá, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e com o deferimento do Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Macapá, foi transferido para o presídio federal de Mossoró (RN), o preso Ryan Richelle dos Santos Menezes, vulgo “Tio Chico”, fundador e líder de uma facção criminosa atuante no Estado do Amapá.

Ryan Richelle já possui sentenças penais condenatórias transitadas em julgado por crimes violentos relacionados ao crime organizado. Só no ano de 2022, já foi alvo das Operações ADDAMS, BLIDNESS e QUEDA DA BASTILHA, todas resultantes das investigações desenvolvidas pelo Gaeco e pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes e Facções Criminosas da Polícia Federal (DRE).

Ao término da operação Queda da Bastilha, deflagrada no dia 14 de setembro de 2022, o interno do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), Rafael Mendonça Góes, também alvo das três operações, foi morto no interior do estabelecimento prisional.

Ainda nesta operação, foram presos preventivamente uma advogada e um delegado de polícia civil, e outra advogada ficou em prisão domiciliar.

No dia 18 de setembro de 2022, quatro dias após a deflagração da última operação, foram localizados mais dois aparelhos celulares na cela da enfermaria de Ryan Richelle.

Diante de todos esses fatos – condenações e investigações em curso – o Ministério Público, por meio do Gaeco, representou ao Juízo da 1ª Vara Criminal de Macapá pela transferência de  Ryan Richelle para presídio federal, onde, em tese, poderá cumprir sua pena e responder aos demais processos, sem comunicação com os demais integrantes da facção que lidera.

O processo nº 0041472-51.2022.8.03.0001 está aberto a consulta pública no sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá (www.tjap.jus.br).

Após superadas todas as fases burocráticas, foi viabilizada a transferência urgente do preso junto aos órgãos competentes e, principalmente, junto ao coordenador do Gaeco do Ministério Público do Estado de São Paulo, que tem vasta experiência no assunto e já foi responsável por transferências como as dos líderes de uma grande facção paulista.

A operação para a transferência foi executada sob forte esquema de segurança, com a escolta do Gaeco e atuação fundamental do Grupo Tático Prisional (GTP) e da Polícia Penal, equipes da Força Tática, do 6º Batalhão da Polícia Militar e, ainda, com acompanhamento da Polícia Federal.

Cumprida mais essa etapa da investigação, o Ministério Público reafirma o compromisso no combate rigoroso às facções criminosas, contando sempre com o apoio de todos os órgãos da segurança pública.

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