Brasil violento: 2018 marcado por feminicídio e agressões

Violência à mulher é um dos problemas de segurança pública mais relevantes no Brasil 

 

No Brasil, vive-se uma realidade conhecida como banalização da violência contra a mulher. Em um mês de temática feminina, por conta da data 8 de março, inúmeras reflexões se fazem necessárias.

Na última quinta-feira, 14, professores foram violentamente agredidos em São Paulo, sendo a maioria, mulheres. No Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco do PSOL foi executada. A data 14 de março de 2018 traz à tona uma série de reflexões sobre a violência à mulher no Brasil.

Sobre a violência sexual

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no ano de 2015, o país registrou 1 estupro a cada 11 minutos. Não existem dados concretos, a violência contra mulheres está baseada em estimativas.

Aproximadamente 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes. E esse crime, na maioria dos casos, é cometido por homens próximos.

De acordo com dados obtidos pela Folha de S. Paulo, foi publicado que em 2016, em média ocorriam 10 estupros coletivos, notificados diariamente no país. Este não é um número definitivo, porque 30% dos municípios não fornece esses dados ao Ministério.

Segundo dados obtidos pelo Estadão, no Metrô de São Paulo são registrados 4 casos de assédio sexual por semana.

Sobre a violência doméstica e feminicídio

Segundo dados do Instituto Maria da Penha, a cada 7,2 segundos, uma mulher é vítima de violência física.

Em 2013, 13 mulheres morreram todos os dias vítimas de feminicídio, ou seja, foram assassinadas apenas por serem mulheres. Em 30% destes casos, essas mulheres foram mortas por parceiros.

De acordo com a pesquisa Violência contra a mulher no ambiente universitário, realizada pela Avon em 2015, 2 em cada 3 universitárias no Brasil já sofreram algum tipo de violência (sexual, psicológica, moral ou física).

E em 2018?

Em estudo divulgado neste ano pelo portal Trocando Fraldas, 31% das mulheres já sofreram violência apenas por serem mulheres, sendo a faixa etária entre 40 e 44 anos a mais afetada, com 35%.

Outro dado marcante desta pesquisa é o de que mulheres com filhos são mais prováveis de serem alvos de violência do que mulheres que ainda não são mães. A violência se mostrou uniforme em todas as regiões do país. O tipo de violência mais praticada é a moral que 3 a cada 5 mulheres viveram, seguida pela violência física e sexual, representando 32%, respectivamente.

Estes dados só mostram o quanto há para se lutar em prol dos direitos femininos no Brasil.

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