Festival Imagem-Movimento apresenta o longa “Bacurau” na Mostra Esquenta

Após a sessão, o público participará mostra de uma roda de conversa com o antropólogo Luciano Magnus e de um pocket show de Dayana Taisa. A exibição acontece na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, no dia 17 de janeiro, às 19h, com entrada franca.

Chegamos a 16ª edição do Festival Imagem-Movimento (FIM) sob o mote “Descolonize o olhar”. O FIM deste ano já começou diferente pois, pela primeira vez em sua história, o evento será realizado no mês de janeiro e não em dezembro, como de costume. Ao chegar à sua 16ª edição, o evento mantém o posto de festival de audiovisual mais antigo da região norte do país.

A “Mostra Esquenta” já é uma tradição do festival e prepara, como o próprio nome sugere, o público para a uma semana inteira de exibições. A obra selecionada este ano para exibição foi o premiado longa “Bacurau”, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.

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Após a exibição, o público terá a oportunidade de debater o filme e o delicado cenário pelo qual o cinema brasileiro passa em uma roda de conversa com o antropólogo e professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Luciano Magnus. A Mostra tem início às 19h, na Biblioteca Pública Elcy Lacerda com entrada franca.

Encerrando a programação, a vocalista da banda Luxuosos Corações, Dayana Taisa, conduzirá um pocket show de violão e voz.

Luciano Magnus de Araújo

Antropólogo, professor do colegiado de Ciências Sociais e Sociologia da Unifap, coordenador do Núcleo de Antropologia Visual, Imagem, Som, Memória e Identidades (Naimi).

Sobre o mote

Quantas camadas existem sobre nós que dificultam que a gente possa se enxergar e se reconhecer melhor? Algumas a gente mesmo colocou, outras ganhamos de presente ao encarar isso que se chama de vida. De algumas a gente têm ciência e até curte, de outras a gente não faz a mínima ideia, elas podem ser transparentes e mesmo assim nos impedir de ver.

Então aqui está o imperativo da 16ª edição do Festival Imagem-Movimento: descolonize o olhar e entenda melhor a si e ao chão em que pisa.

Não é uma busca pelo “puro” ou “verdadeiro”. É um retirar o excesso mesmo daquilo que gostamos e, por átimo, olhar o mundo e a nós mesmos em um parar/movimentar, parar/movimentar. Em um pêndulo que nos permita estar aqui e estar lá e, desse jeito, observar a nós mesmos e ao mundo pontos de vistas diferentes, assim, desse jeito, como a fotografia de um filme que “olha” para uma mesma cena de vários ângulos. É urgente descolonizar as retinas.

 

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