Estudo internacional em parceria com a FMUSP destaca que teste genético gera economia e previne milhões de casos de câncer

A revista científica Cancers, do Multidisciplinary Digital Publishing Institute, publicou, na última sexta-feira (17/07/2020), o estudo “Economic Evaluation of Population-Based BRCA1/BRCA2 Mutation Testing across Multiple Countries and Health Systems”.

A pesquisa indica que, a testagem populacional em busca de mutações nos genes do câncer de mama e ovário pode prevenir um adicional de 2.319 a 2.666 casos de câncer de mama e 327 a 449 casos de câncer de ovário por milhão de mulheres quando comparada a atual estratégia clínica utilizada, que recomenda os testes genéticos apenas para mulheres de alto risco. A relação de custo-efetividade incremental também foi calculada, da perspectiva social e do pagador.

O Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) participou como uma das equipes de pesquisa colaborativa, além de instituições da Austrália, China, Holanda, Índia e Reino Unido. O estudo foi liderado pelo Prof. Ranjit Manchanda, da Universidade de Queen Mary de Londres, com o apoio da Dra. Rosa Legood, da School of Hygiene & Tropical Medicine de Londres.

“Os avanços tecnológicos e a queda nos custos dos testes genéticos podem oferecer a possibilidade de implementação dos testes no âmbito populacional. O desenvolvimento de estratégias de implementação específicas para as políticas públicas de rastreamento no Brasil será essencial para que a genômica populacional possa alcançar o seu potencial na prevenção e detecção precoce do câncer”, afirma a Profa. Patrícia Coelho de Soarez, do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, que esteve à frente dos estudos realizados no Brasil.

Acesse a íntegra da pesquisa em https://www.mdpi.com/2072-6694/12/7/1929.

Assessoria de Comunicação da FMUSP

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