Projeto do AP fica em 1º lugar no Concurso Nacional de Inovação da Polícia Federal

No último dia 14 de fevereiro, a Polícia Federal (PF) anunciou o resultado do seu 1º Concurso Nacional de Inovação (inov-PF). Na classificação geral, a Superintendência da PF do Amapá foi a vencedora, com o projeto “Higidez e Integração dos Sistemas de Identificação”, desenvolvido em parceria com o Ministério Público do Amapá (MP-AP) e outras instituições públicas. O inov-PF premia iniciativas criativas para melhoria da atividade policial e atendimento ao público.

Além do MP-AP, a força-tarefa interinstitucional parceira no projeto contou com o apoio do Governo do Estado do Amapá (GEA), Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) e diversos outros órgãos, como o Sistema S.

De acordo com o superintendente da PF/AP, delegado Anderson Bichara, a Superintendência Regional da Polícia Federal no Amapá tem motivos de sobra para comemorar. “Ninguém faz polícia sozinho, temos um projeto que não conseguiríamos fazer sozinhos. O que o tornou possível foi o apoio dos órgãos parceiros. Essa experiência nos rendeu um prêmio e outros estados já têm interesse em seguir o exemplo do Amapá”, frisou.

Mais sobre o projeto

O Projeto Higidez teve início em 2020, com a intenção de solucionar o hiato de informações que havia entre os atores envolvidos nas diversas etapas da persecução penal, o que se devia, principalmente, à falta de comunicação entre os diferentes sistemas e a existência de inúmeras informações exclusivamente em meio físico, pendentes de tratamento.

A iniciativa, executada em três etapas, sendo a mais desafiadora a digitalização de 900.000 (novecentos mil) prontuários civis do estado do Amapá, para inclusão dos mesmos no Sistema de Identificação Biométrica Automatizada (ABIS ), trabalho esse que já se encontra em estágio avançado.

Além de proporcionar maior segurança e efetividade na persecução penal, a ação gerará impacto na economia local, uma vez que será impossível que uma única pessoa consiga emitir no Estado carteiras de identidade com nomes distintos, prática comum entre estelionatários.

Esse trabalho tem ainda o potencial de possibilitar ao Amapá a validação do pagamento de benefícios sociais, por meio de biometria, considerando que todos os cidadãos estarão devidamente identificados com seus respectivos dados biométricos disponíveis em banco de dados gerido pelo Instituto Nacional de Identificação. Também foi possível obter inúmeros resultados positivos, notadamente, a identificação de indivíduos que estiveram em cenas de crimes em diversos locais no Amapá e no Pará.

Projeto piloto

A metodologia de trabalho e os softwares utilizados foram concebidos para permitir a replicação em outros estados da federação. Isto porque os problemas alvo deste projeto não ocorrem apenas no Amapá, mas em praticamente todo o país. Assim, as ferramentas desenvolvidas e testadas com sucesso no estado poderão fomentar a segurança e efetividade da identificação humana em todo o Brasil.

Asscom MPAP

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